A importância do Arquiteto para um futuro sustentável

Que o arquiteto é uma peça fundamental em uma obra ou intervenção construtiva, todos temos conhecimento. A importância deste profissional em agir com seu conhecimento no resultado do serviço prestado, seja ele na fase de projetos arquitetônicos, como na entrega final da obra, é evidente.

O profissional arquiteto é responsável pela diagramação de ideias abstratas das necessidades do cliente em questão, traduzidas em um projeto minucioso com muito estudo e horas de dedicação, atrelado as necessidades e inclinações contemporâneas. Além das tendências, o arquiteto urbanista é responsável pela elaboração da macro e micro urbanização de cidades, bairros e ambientes.

Então, podemos dizer que o arquiteto é o ator na elaboração do plano de necessidades dos clientes e do plano de execução do mesmo. Sendo ele estipulado por um projeto arquitetônico, acompanhamento e gestão, para enfim, concretizarmos residências, espaços urbanos, edifícios comerciais e ambientes que serão utilizados por todos.

A responsabilidade do arquiteto e urbanista, vai muito mais além das informações já listadas neste texto, nós temos a responsabilidade de agregar informações do ecossistema atual da área a ser projetada, com o intuito de rever, analisar e processar as principais metodologias e técnicas a serem utilizadas na construção ou intervenção.

Esta responsabilidade começa no processo de trabalho de um escritório de arquitetura, afinal você já imaginou quanto tempo, energia e efeitos colaterais atrelados a construção civil que um retrabalho pode fomentar em uma construção? Muitas obras de adaptação e requalificação poderiam ser evitadas se o processo de projeto fosse mais minucioso, gerando economia de recursos e qualidade ambiental. A utilização da metodologia BIM, por exemplo, impacta diretamente nesse processo.

Vejamos, quando projetamos um edifício, por exemplo, temos dois determinantes fatores a serem elaborados já durante o processo de estudos de viabilidade, o primeiro deles, resulta no projeto e execução, onde inicialmente temos o dever de analisar o ecossistema em que a área projetada se encontra, fazendo algumas indagações a respeito:

• Qual o tipo de clima da região?

• A área de convivência de maior tempo dos usuários esta à qual disposição solar?

• Quais as soluções para amenizar ou aumentar a exposição solar relacionado a temperatura e iluminação natural?

• Quais técnicas construtivas que correspondem ao melhor conforto aos usuários da edificação?

• A maneira que estou projetando é a maneira mais assertiva para este serviço?

• Quais os riscos que no meu processo de criação de projeto e obra estou correndo?

• Quais as melhores soluções para encontrar maneiras mais eficazes de aumentar assertividade do meu processo de projeto?

• O projeto que estou desenvolvendo tem estratégias de arquitetura passiva?

• A tipologia de arquitetura e técnicas construtivas são as melhores escolhas para a adaptação no ecossistema local?

Em um processo contínuo e linear temos menos retrabalhos e menos chances de ocorrerem alterações inesperadas durante a obra. Como já vimos nas vantagens da utilização do BIM, por exemplo.

As técnicas construtivas escolhidas no momento do projeto fazem com que os efeitos colaterais da vida útil das edificações sejam de menor impacto ao ecossistema que ele se encontra e a saúde dos usuários. Uma edificação permanece na vida das pessoas por gerações e é nossa obrigação o uso de um processo de projeto que evite impactos ambientalmente negativos e nocivos aos usuários.

Algumas indagações podem ser feitas, como:

• Que maneira esse objeto funciona? Qual é a melhor forma dele funcionar sem afetar o ecossistema?

• Quais são as técnicas projetuais utilizadas para amenizar os impactos deste funcionamento?

• Quais as soluções que estão abordadas no projeto para diminuição de emissões de GEE pelo funcionamento do edifício?

• Como são feitas as manutenções externas e internas?

• Este projeto esta de acordo com a melhor funcionalidade e solução que podemos encontrar?

Para maior ênfase em todas estas questões, nós, como profissionais no ramo da construção civil, temos que ter técnicas projetuais e soluções construtivas de menor impacto ao ecossistema que estamos projetando, temos que ter em mente que somos responsáveis por mudar um ecossistema inteiro por longos anos e afetar o meio ambiente.

Podemos dizer que o arquiteto e urbanista irá direcionar, orientar os seus clientes para as melhores técnicas construtivas que agregam conforto, menores emissões de gases de efeito estufa e uma vida útil da construção, e que proporcione o menor impacto ao meio em que existem. Lembre-se, conforto ambiental não se resume na utilização ou escolha do posicionamento do ar condicionado.

Reorganizar inicialmente o processo do serviço que estamos fornecendo, fomenta esta diminuição de erros que, equivalentemente, diminui a emissão de gases de efeito estufa, já que fazer, demolir e refazer, demandam tempo e recursos finitos.

Temos a chance de elaborar um processo linear com menos erros, começando nas primeiras informações sobre o escopo a ser projetado, passando pelo plano de necessidades, busca de conhecimentos da região a ser projetada, técnicas e planos de ações para a execução, são nossas escolhas que determinam a funcionalidade do edifício construído.

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